terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Não temos mais bebê em casa...

      Minha filha,

A cada dia que passa percebo mais e mais que nós não temos mais um bebê em casa... Primeiro foram os paninhos de boca que foram sumindo, depois as cobertas menores e com elas os bodys... O berço virou cama e o no lugar de porta retratos e cuidados com o bebê temos brinquedos espalhados por toda parte, de bonecas a panelinhas e giz de cera!
Você cresceu, meu amor! E o sabor é pra mim doce e amargo... A saudade aperta meu peito, sinto falta do seu cheirinho, das roupinhas miúdas, do sorrisos sem dentes... Do engatinhar, das primeiras palavras, dos bracinhos esticados pedindo colo... Algumas coisas permanecem, ainda temos mamadeiras, chupetas e fraldas, estas usadas agora só durante a noite já que de dia foram substituídas pelas calcinhas a um tempinho... Mas o sabor doce está no seu sorriso, no seu abraço, nos nossos diálogos e nas nossas brincadeiras, nas palavras novas e nas antigas que ainda saem erradas como "poco" e "simple"... Outro dia você chamou o pintor de " pintureza" eu até anotei para não esquecer... Três anos se passaram, foram anos fáceis e difíceis, anos de adaptação, de aprendizado, de ensino e de dedicação integral a você! Tenho tentado fazer um bom trabalho filha! Não sou perfeita, erro sempre! Mas estou pronta para corrigir, sigo firme nas minhas convicções de não apressar as coisas, tudo tem seu tempo e sua hora, e você tem bastante tempo pela frente, de ser contra a palmada pedagógica, por acha- lá violência pura e simples... Rezo todos os dias pro Papai do Céu para ele guiar meus passos e os do seu pai... Saiba meu amor, que tudo que nós fazemos é para você, é por você! Tem dias que me bate um desespero e eu converso com o tempo, digo pra ele me ajudar, pra passar devagarinho... Mas ele é cruel meu bebe! Ele nao me escuta... E eu rezo, rezo pra Deus me ajudar a cultivar uma linda relação com você, para ele manter nossa família sempre unida...
Eu te amo minha vidinha!
Mamãe

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